1 Das profundezas clamo a ti, SENHOR.
2 Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas.
3 Se observares, SENHOR, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?
4 Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.
5 Aguardo o SENHOR, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra.
6 A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã,
7 espere Israel no SENHOR, pois no SENHOR há misericórdia; nele, copiosa redenção.
8 É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades.
2 Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas.
3 Se observares, SENHOR, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?
4 Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.
5 Aguardo o SENHOR, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra.
6 A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã,
7 espere Israel no SENHOR, pois no SENHOR há misericórdia; nele, copiosa redenção.
8 É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades.
Introdução – No fundo do poço.
A primeira frase do Salmo 130 diz: “Das profundezas clamo a ti, Senhor”. Por esta frase já podemos saber que o autor deste salmo ao escrevê-lo estava passando por um momento de sofrimento. Era um momento difícil em sua vida, e isso o fazia clamar por socorro a ponto de pedir que Deus prestasse atenção ao seu sofrimento, como indicado no versículo dois. Percebe-se que o salmista estava realmente angustiado.
Muitos outros salmos falam de alguém pedindo auxílio a Deus para serem livrados das perseguições de inimigos, da maldade de outras pessoas e até mesmo do juízo, injúrias e calúnias levantadas por opositores. Mas este não é o caso deste Salmo.
Neste Salmo não há um perseguidor. Não há indicação de perigo físico. Não há caluniador. O que faz então o salmista das profundezas clamar ao Senhor? Usando uma linguagem popular, o que faz o salmista se sentir “no fundo do poço”?
Reconhecendo que estamos no fundo do poço.
A partir do versículo três começamos a perceber que o problema do salmista estava nele mesmo. O Salmista foi levado às profundezas, ou “fundo do poço”, por seus próprios pecados. No versículo quatro o salmista fala do perdão de Deus. No versículo sete fala sobre misericórdia e redenção. No versículo oito fala sobre remissão de pecados. E tudo isso com ligação nos versículos cinco, seis e sete que falam sobre a esperança em Deus. Ou seja, o salmista tinha a esperança do perdão, da misericórdia, a redenção e da remissão dos pecados.
O salmista tinha consciência da sua condição de pecador, e de sua tendência para praticar o mal, ou iniqüidades como o texto se refere. Ele sabia que se não fosse a misericórdia do Senhor nem ele mesmo estaria vivo. No versículo três ele faz um pergunta que na verdade é uma afirmação: “Se observardes, Senhor, as iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?”. Esta mesma consciência está presente no versículo 3 do Salmo 53, quando Davi diz: “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há um quem faça o bem, não há nem sequer um.” E isso é confirmado pelo Apóstolo Paulo em Romanos 3, versículos 9 a 18.
Assim como o salmista, todos nós precisamos ter a consciência de que somos pecadores. É preciso reconhecer que sem a misericórdia do Senhor nenhum de nós resistiria. “Não há quem faça o bem, não há nem se quer um”, “Não há justo, nem um sequer”, estas afirmações devem estar sempre diante de nós para que nunca o orgulho ou a presunção de que somos melhores que os outros tome conta de nossas mentes. Precisamos nos humilhar e reconhecer nossa condição de pecadores, e perceber que esta nossa condição nos leva para as profundezas, para o fundo do poço.
Alguém ainda pode alguém achar que não é tão pecador assim. Afinal, a maioria das pessoas não mata, não rouba e não faz mal aos outros. Porém muitas vezes o nosso orgulho nos impede de ver que nós mentimos, agimos de falsidade contra um irmão, levantamos fofocas, deixamos de ajudar, e pior, não vivemos uma vida de santidade para com Deus, a quem afirmamos seguir. E por tudo isso esquecemos de pedir perdão a Deus humildemente. Quando agimos assim, mesmo que não estejamos percebendo, estamos nas profundezas, no fundo de um poço.
E ninguém está livre de estar no fundo do poço, por mais “santo” que alguém possa parecer, ou por mais importante que seja o cargo que alguém ocupe. Ninguém, na nossa condição de humanos, está acima do bem e do mal. A bíblia dá exemplos disso através da vida de Davi, que foi um escolhido de Deus para dirigir seu povo, mas várias vezes pecou. Pedro, um dos apóstolos escolhidos diretamente por Jesus e um dos mais próximos a ele, desceu às profundezas após negar Jesus três vezes.
O apóstolo Paulo também tinha consciência da sua condição de pecador. Veja o que diz Romanos 7, versículos 14 a 24:
14 - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.
15 - Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.
16 - Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
17 - Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.
18 - Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.
19 - Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.
20 - Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.
21 - Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.
22 - Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
23 - mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.
24 - Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
Eu repito: precisamos nos humilhar e reconhecer nossa condição de pecadores, e perceber que esta nossa condição nos leva para as profundezas, para o fundo do poço.
Saindo do fundo do poço.
E agora que reconhecemos que nossos pecados nos levam para as profundezas, permaneceremos para sempre nelas? Nunca mais sairemos do fundo do poço? Quando reconhecemos nossa condição de pecadores e humildemente nos voltamos para Deus, começamos a sair das profundezas. O salmista reconheceu e depositou todas as suas esperanças em Deus. Ele sabia que as misericórdias do Senhor são maiores que nossos pecados. Após perguntar sobre quem resistiria se Deus observasse as iniqüidades, ele mesmo afirma: “Contigo, porém, está o perdão, para que te temam”.
A esperança do salmista, para sair das profundezas em que se encontrava, era somente em Deus e na sua Palavra. No versículo 4 ele afirma: “Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra”. Para sairmos do mais profundo poço que o pecado nos joga, não há outra maneira a não ser Deus, através de Jesus Cristo. No evangelho de João, capítulo 14 versículo 6, Jesus afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade,e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim”. Da mesma maneira podemos afirmar que Jesus é a escada, e ninguém sai do fundo do poço a não ser através dele.
A esperança do salmista, e a certeza dessa esperança eram tão intensas que ele usou uma comparação com os guardas que esperam ansiosamente o dia amanhecer. Quando um soldado guarda algo durante uma noite, o que ele mais quer e que amanheça para que ele possa estar mais seguro. Uma noite para um soldado em guarda pode parecer muito longa, mas ele tem a certeza que após a noite vem a manhã. Da mesma maneira, o salmista sabia que sua redenção estava no Senhor. O salmista desejava, também, compartilhar com outras pessoas esta esperança na redenção do Senhor. Nos versículos 7 e 8 ele sugere a Israel que também esperasse no Senhor.
Nós, da mesma maneira que o salmista, precisamos esperar no Senhor. Em meio aos nossos problemas, muitas vezes causados por nós mesmos, precisamos buscar auxílio e esperar no Senhor. Não adianta suplicar e clamar para qualquer outra coisa, a não ser o Senhor. Só nele está a nossa redenção e remissão dos pecados.
O Apóstolo Paulo na continuação do texto que citamos anteriormente, após chegar ao ponto de afirmar que por causa do pecado ele era um homem desaventurado e pergutar o que o livraria da morte, afirma em Romanos 7, versículo25 até o capítulo 8 versículos 1 e 2 :
25 - Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
1 - Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
2 - Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.
Nossos pecados podem nos levar ao mais profundo poço, mas em Deus através de Jesus Cristo, somos resgatados não há o que possa nos condenar.
A.F.H.
A primeira frase do Salmo 130 diz: “Das profundezas clamo a ti, Senhor”. Por esta frase já podemos saber que o autor deste salmo ao escrevê-lo estava passando por um momento de sofrimento. Era um momento difícil em sua vida, e isso o fazia clamar por socorro a ponto de pedir que Deus prestasse atenção ao seu sofrimento, como indicado no versículo dois. Percebe-se que o salmista estava realmente angustiado.
Muitos outros salmos falam de alguém pedindo auxílio a Deus para serem livrados das perseguições de inimigos, da maldade de outras pessoas e até mesmo do juízo, injúrias e calúnias levantadas por opositores. Mas este não é o caso deste Salmo.
Neste Salmo não há um perseguidor. Não há indicação de perigo físico. Não há caluniador. O que faz então o salmista das profundezas clamar ao Senhor? Usando uma linguagem popular, o que faz o salmista se sentir “no fundo do poço”?
Reconhecendo que estamos no fundo do poço.
A partir do versículo três começamos a perceber que o problema do salmista estava nele mesmo. O Salmista foi levado às profundezas, ou “fundo do poço”, por seus próprios pecados. No versículo quatro o salmista fala do perdão de Deus. No versículo sete fala sobre misericórdia e redenção. No versículo oito fala sobre remissão de pecados. E tudo isso com ligação nos versículos cinco, seis e sete que falam sobre a esperança em Deus. Ou seja, o salmista tinha a esperança do perdão, da misericórdia, a redenção e da remissão dos pecados.
O salmista tinha consciência da sua condição de pecador, e de sua tendência para praticar o mal, ou iniqüidades como o texto se refere. Ele sabia que se não fosse a misericórdia do Senhor nem ele mesmo estaria vivo. No versículo três ele faz um pergunta que na verdade é uma afirmação: “Se observardes, Senhor, as iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?”. Esta mesma consciência está presente no versículo 3 do Salmo 53, quando Davi diz: “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há um quem faça o bem, não há nem sequer um.” E isso é confirmado pelo Apóstolo Paulo em Romanos 3, versículos 9 a 18.
Assim como o salmista, todos nós precisamos ter a consciência de que somos pecadores. É preciso reconhecer que sem a misericórdia do Senhor nenhum de nós resistiria. “Não há quem faça o bem, não há nem se quer um”, “Não há justo, nem um sequer”, estas afirmações devem estar sempre diante de nós para que nunca o orgulho ou a presunção de que somos melhores que os outros tome conta de nossas mentes. Precisamos nos humilhar e reconhecer nossa condição de pecadores, e perceber que esta nossa condição nos leva para as profundezas, para o fundo do poço.
Alguém ainda pode alguém achar que não é tão pecador assim. Afinal, a maioria das pessoas não mata, não rouba e não faz mal aos outros. Porém muitas vezes o nosso orgulho nos impede de ver que nós mentimos, agimos de falsidade contra um irmão, levantamos fofocas, deixamos de ajudar, e pior, não vivemos uma vida de santidade para com Deus, a quem afirmamos seguir. E por tudo isso esquecemos de pedir perdão a Deus humildemente. Quando agimos assim, mesmo que não estejamos percebendo, estamos nas profundezas, no fundo de um poço.
E ninguém está livre de estar no fundo do poço, por mais “santo” que alguém possa parecer, ou por mais importante que seja o cargo que alguém ocupe. Ninguém, na nossa condição de humanos, está acima do bem e do mal. A bíblia dá exemplos disso através da vida de Davi, que foi um escolhido de Deus para dirigir seu povo, mas várias vezes pecou. Pedro, um dos apóstolos escolhidos diretamente por Jesus e um dos mais próximos a ele, desceu às profundezas após negar Jesus três vezes.
O apóstolo Paulo também tinha consciência da sua condição de pecador. Veja o que diz Romanos 7, versículos 14 a 24:
14 - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.
15 - Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.
16 - Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
17 - Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.
18 - Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.
19 - Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.
20 - Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.
21 - Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.
22 - Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
23 - mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.
24 - Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
Eu repito: precisamos nos humilhar e reconhecer nossa condição de pecadores, e perceber que esta nossa condição nos leva para as profundezas, para o fundo do poço.
Saindo do fundo do poço.
E agora que reconhecemos que nossos pecados nos levam para as profundezas, permaneceremos para sempre nelas? Nunca mais sairemos do fundo do poço? Quando reconhecemos nossa condição de pecadores e humildemente nos voltamos para Deus, começamos a sair das profundezas. O salmista reconheceu e depositou todas as suas esperanças em Deus. Ele sabia que as misericórdias do Senhor são maiores que nossos pecados. Após perguntar sobre quem resistiria se Deus observasse as iniqüidades, ele mesmo afirma: “Contigo, porém, está o perdão, para que te temam”.
A esperança do salmista, para sair das profundezas em que se encontrava, era somente em Deus e na sua Palavra. No versículo 4 ele afirma: “Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra”. Para sairmos do mais profundo poço que o pecado nos joga, não há outra maneira a não ser Deus, através de Jesus Cristo. No evangelho de João, capítulo 14 versículo 6, Jesus afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade,e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim”. Da mesma maneira podemos afirmar que Jesus é a escada, e ninguém sai do fundo do poço a não ser através dele.
A esperança do salmista, e a certeza dessa esperança eram tão intensas que ele usou uma comparação com os guardas que esperam ansiosamente o dia amanhecer. Quando um soldado guarda algo durante uma noite, o que ele mais quer e que amanheça para que ele possa estar mais seguro. Uma noite para um soldado em guarda pode parecer muito longa, mas ele tem a certeza que após a noite vem a manhã. Da mesma maneira, o salmista sabia que sua redenção estava no Senhor. O salmista desejava, também, compartilhar com outras pessoas esta esperança na redenção do Senhor. Nos versículos 7 e 8 ele sugere a Israel que também esperasse no Senhor.
Nós, da mesma maneira que o salmista, precisamos esperar no Senhor. Em meio aos nossos problemas, muitas vezes causados por nós mesmos, precisamos buscar auxílio e esperar no Senhor. Não adianta suplicar e clamar para qualquer outra coisa, a não ser o Senhor. Só nele está a nossa redenção e remissão dos pecados.
O Apóstolo Paulo na continuação do texto que citamos anteriormente, após chegar ao ponto de afirmar que por causa do pecado ele era um homem desaventurado e pergutar o que o livraria da morte, afirma em Romanos 7, versículo25 até o capítulo 8 versículos 1 e 2 :
25 - Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
1 - Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
2 - Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.
Nossos pecados podem nos levar ao mais profundo poço, mas em Deus através de Jesus Cristo, somos resgatados não há o que possa nos condenar.
A.F.H.