domingo, 17 de fevereiro de 2008

Vivendo para agradar a Deus (II Parte)

VIVENDO PARA AGRADAR A DEUS (II PARTE)

Na pastoral passada, apresentamos um breve resumo do primeiro dia de estudos no retiro espiritual, realizado no período do carnaval, fazendo uma pequena introdução baseada no filme “Desafiando gigantes” e respondendo “por que” devemos viver para agradar a Deus. Nesta, dispomo-nos a apresentar aos irmãos “como” viver para agradar a Deus.

Inicialmente, você agrada a Deus adorando-o verdadeiramente. Quando Caim e Abel apresentaram suas ofertas ao Senhor, sendo estas ofertas uma forma de adoração, diz a Escritura que o Senhor se agradou da oferta de Abel, ou seja, Deus se agradou da adoração de Abel e rejeitou a de Caim (Gn 4.4). O Senhor conhece o coração do homem e, portanto, as suas intenções (I Sm 16.7). Por isso é importante salientar que não é o simples fato de adorar a Deus que o agrada, mas uma adoração sincera, genuína e verdadeira, sim (Jo 4.23).

Outra forma de agradar a Deus é tendo desejos “não egoístas”. A Palavra do Senhor afirma que Deus se agradou do desejo de Salomão ao pedir entendimento para julgar o povo com justiça, ou seja, por pedir algo que não era propriamente para si, mas para beneficiar principalmente o próximo (I Rs 3.10). Por outro lado, os que procuram satisfazer desejos pessoais, independentemente do próximo, certamente desagradarão a Deus (Rm 8.8).

Além dos desejos não egoístas, vale ressaltar que também agradam a Deus ações “não egoístas”. Há mais de 700 anos antes de Cristo, o povo de Israel, especificamente em Judá, era chamado a atenção pelo Senhor, O qual usou o profeta Miquéias para condenar a injustiça social. O Senhor deixa claro que O agradaria se o povo fosse amasse a misericórdia e andasse justamente, agindo em favor dos mais desfavorecidos e não somente para si mesmos (Mq 6.8). Por outro lado, a Escritura Sagrada é taxativa ao afirmar que o Senhor não se agrada de ações iníquas, injustas, que não leve em consideração o próximo (Sl 5.4).

(continua no próximo domingo ...)

Pr. Celso Falleiro

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Vivendo para agradar a Deus

VIVENDO PARA AGRADAR A DEUS

“Vivendo para agradar a Deus” foi o tema do retiro deste ano. Entendo que este tema é fundamental para a vida de qualquer cristão. Durante os dias de retiro, aprendemos muitas verdades que nos ajudarão a sermos cristãos melhores. Dentro desta perspectiva, a saber, da importância do tema, destacarei alguns pontos principais do que estudamos, com base em I Co 10:23 a 11:1, a fim de que toda a igreja tenha acesso às informações que extraímos das Escrituras Sagradas naqueles dias e para que os retirantes tenham uma breve recapitulação do que aprenderam.

Primeiramente, aprendemos que somos afrontados constantemente por “gigantes”, os quais podem ser situações das nossas vidas como: tentações, problemas emocionais, problemas espirituais, problemas físicos, doenças, entre outros.

Segundo, aprendemos que sempre temos duas opções ante às afrontas dos “gigantes” que estão diante de nós: agradar ou desagradar a Deus. Nunca ficaremos sem opções ou sem saída. As nossas reações podem desagradar a Deus quando somos covardes e protelamos o problema, quando ficamos indiferentes ao problema ou quando agimos deliberadamente de forma contrária aos ensinamentos da bíblia sagrada. Por outro lado, as nossas reações podem agradar a Deus quando agimos como Cristo agiria se estivesse em nosso lugar, conforme o ensino do apóstolo Paulo em I Co 11.1: Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.

Também pensamos em algumas perguntas e respondemos outras, como: Vale a pena viver para agradar a Deus? Existe alguma importância em viver para agradar a Deus? Como viver para agradar a Deus? Por que devemos viver para agradar a Deus? Respondendo a última pergunta, devemos viver para agradar a Deus porque: Ele é o nosso Criador (Ap 4.11); Ele nos ama (Jo 3.16); Ele nos salvou (Rm 5.8); Ele cuida de nós (Sl 23) e é a vontade Dele (I Co 11.1). Nesta última resposta, é preciso fazer uma analogia com a vida de Cristo, levando-se em consideração que devemos imitar àquele que viveu até a morte para agradar a Deus.

(continua no próximo domingo ...)

Pr. Celso Falleiro

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

450 anos da Confissão de Fé da Guanabara


A Confissão de Fé da Guanabara foi o primeiro escrito protestante no Brasil e de toda a América.

A Confissão foi redigida para responder aos questionamentos de Nicolas Durand de Villegagnon, apelidado pelo pastor Pierre Richier, em 1561, de "Caim das Américas".

O documento foi redigido em cerca de doze horas numa prisão na ilha de Serigipe (atual Ilha de Villegagnon), por Jean du Bordel, (ou Bourdel), com o auxílio de Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon. Contém dezessete artigos, refletindo a doutrina calvinista. Após a sua finalização, os seus autores foram executados. Não está claro se Jacques le Balleur teve envolvimento na redação da Confissão, já que a data exata de sua fuga não é conhecida.

A Confissão de Fé da Guanabara foi redigida depois de 4 de Janeiro e antes de 9 de Fevereiro; a data exata costuma ser referida como sendo 17 de Janeiro de 1558.

A sua história é relatada no capítulo "Tragédia na Guanabara", de autoria ainda não desvendada, mas supostamente escrito por Jean de Léry. Outras teses indicam o nome do pastor Pierre Richier e o do próprio Jean Crespin, editor de livros, como possíveis autores; a autoria de Léry é fundamentada, entre outros, por Frank Lestringant - e publicado no livro História dos Mártires, de Jean Crespin.

A Confissão

"Segundo a doutrina de S. Pedro Apóstolo, em sua primeira epístola, todos os cristãos devem estar sempre prontos para dar razão da esperança que neles há, e isso com toda a doçura e benignidade, nós abaixo assinados, Senhor de Villegagnon, unanimemente (segundo a medida de graça que o Senhor nos tem concedido) damos razão, a cada ponto, como nos haveis apontado e ordenado, e começando no primeiro artigo:"

I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.

Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade de Deus em fé ou particularmente.

II. Adorando nosso Senhor Jesus Cristo, não separamos uma natureza da outra, confessando as duas naturezas, a saber, divina e humana nele inseparáveis.

III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a doutrina apostólica, e o símbolo*, nos ensinam.

IV. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, em forma visível e humana como subiu ao céu, executando tal juízo na forma em que nos predisse no capítulo vinte e cinco de Mateus, tendo todo o poder de julgar, a Ele dado pelo Pai, sendo homem.

E, quanto ao que dizemos em nossas orações, que o Pai aparecerá enfim na pessoa do Filho, entendemos por isso que o poder do Pai, dado ao Filho, será manifestado no dito juízo, não todavia que queiramos confundir as pessoas, sabendo que elas são realmente distintas uma da outra.

V. Cremos que no santíssimo sacramento da ceia, com as figuras corporais do pão e do vinho, as almas fiéis são realmente e de fato alimentadas com a própria substância do nosso Senhor Jesus, como nossos corpos são alimentados de alimentos, e assim não entendemos dizer que o pão e o vinho sejam transformados ou transubstanciados no seu corpo, porque o pão continua em sua natureza e substância, semelhantemente ao vinho, e não há mudança ou alteração.

Distinguimos todavia este pão e vinho do outro pão que é dedicado ao uso comum, sendo que este nos é um sinal sacramental, sob o qual a verdade é infalivelmente recebida. Ora, esta recepção não se faz senão por meio da fé e nela não convém imaginar nada de carnal, nem preparar os dentes para comer, como santo Agostinho nos ensina, dizendo: "Porque preparas tu os dentes e o ventre? Crê, e tu o comeste".

O sinal, pois, nem nos dá a verdade, nem a coisa significada; mas Nosso Senhor Jesus Cristo, por seu poder, virtude e bondade, alimenta e preserva nossas almas, e as faz participantes da sua carne, e de seu sangue, e de todos os seus benefícios.

Vejamos a interpretação das palavras de Jesus Cristo: "Este pão é meu corpo". Tertuliano, no livro quarto contra Marcião, explica estas palavras assim: "este é o sinal e a figura do meu corpo".

S. Agostinho diz: "O Senhor não evitou dizer: — Este é o meu corpo, quando dava apenas o sinal de seu corpo."

Portanto (como é ordenado no primeiro cânon do Concílio de Nicéia), neste santo sacramento não devemos imaginar nada de carnal e nem nos distrair no pão e no vinho, que nos são neles propostos por sinais, mas levantar nossos espíritos ao céu para contemplar pela fé o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus, sentado à destra de Deus, seu Pai.

Neste sentido podíamos jurar o artigo da Ascensão, com muitas outras sentenças de Santo Agostinho, que omitimos, temendo ser longas.

VI. Cremos que, se fosse necessário pôr água no vinho, os evangelistas e São Paulo não teriam omitido uma coisa de tão grande conseqüência.

E quanto ao que os doutores antigos têm observado (fundamentando-se sobre o sangue misturado com água que saiu do lado de Jesus Cristo, desde que tal observância não tem fundamento na Palavra de Deus, visto mesmo que depois da instituição da Santa Ceia isso aconteceu), nós não podemos hoje admitir necessariamente.

VII. Cremos que não há outra consagração senão a que se faz pelo ministro, quando se celebra a ceia, recitando o ministro ao povo, em linguagem conhecida, a instituição desta ceia literalmente, segundo a forma que nosso Senhor Jesus Cristo nos prescreveu, admoestando o povo quanto à morte e paixão do nosso Senhor. E mesmo, como diz santo Agostinho, a consagração é a palavra de fé que é pregada e recebida em fé. Pelo que, segue-se que as palavras secretamente pronunciadas sobre os sinais não podem ser a consagração como aparece da instituição que nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos seus apóstolos, dirigindo suas palavras aos seus discípulos presentes, aos quais ordenou tomar e comer.

VIII. O santo sacramento da ceia não é alimento para o corpo como para as almas (porque nós não imaginamos nada de carnal, como declaramos no artigo quinto) recebendo-o por fé, a qual não é carnal.
IX. Cremos que o batismo é sacramento de penitência, e como uma entrada na igreja de Deus, para sermos incorporados em Jesus Cristo. Representa-nos a remissão de nossos pecados passados e futuros, a qual é adquirida plenamente, só pela morte de nosso Senhor Jesus.

De mais, a mortificação de nossa carne aí nos é representada, e a lavagem, representada pela água lançada sobre a criança, é sinal e selo do sangue de nosso Senhor Jesus, que é a verdadeira purificação de nossas almas. A sua instituição nos é ensinada na Palavra de Deus, a qual os santos apóstolos observaram, usando de água em nome do Pai, do Filho e do Santo Espírito. Quanto aos exorcismos, abjurações de Satanás, crisma, saliva e sal, nós os registramos como tradições dos homens, contentando-nos só com a forma e instituição deixada por nosso Senhor Jesus.

X. Quanto ao livre arbítrio, cremos que, se o primeiro homem, criado à imagem de Deus, teve liberdade e vontade, tanto para bem como para mal, só ele conheceu o que era livre arbítrio, estando em sua integridade. Ora, ele nem apenas guardou este dom de Deus, assim como dele foi privado por seu pecado, e todos os que descendem dele, de sorte que nenhum da semente de Adão tem uma centelha do bem.

Por esta causa, diz São Paulo, o homem natural não entende as coisas que são de Deus. E Oséias clama aos filho de Israel: "Tua perdição é de ti, ó Israel". Ora isto entendemos do homem que não é regenerado pelo Santo Espírito.

Quanto ao homem cristão, batizado no sangue de Jesus Cristo, o qual caminha em novidade de vida, nosso Senhor Jesus Cristo restitui nele o livre arbítrio, e reforma a vontade para todas as boas obras, não todavia em perfeição, porque a execução de boa vontade não está em seu poder, mas vem de Deus, como amplamente este santo apóstolo declara, no sétimo capítulo aos Romanos, dizendo: "Tenho o querer, mas em mim não acho o realizar".

O homem predestinado para a vida eterna, embora peque por fragilidade humana, todavia não pode cair em impenitência.

A este propósito, S. João diz que ele não peca, porque a eleição permanece nele.

XI. Cremos que pertence só à Palavra de Deus perdoar os pecados, da qual, como diz santo Ambrósio, o homem é apenas o ministro; portanto, se ele condena ou absolve, não é ele, mas a Palavra de Deus que ele anuncia.

Santo Agostinho, neste lugar diz que não é pelo mérito dos homens que os pecados são perdoados, mas pela virtude do Santo Espírito. Porque o Senhor dissera aos seus apóstolos: "recebei o Santo Espírito;" depois acrescenta: "Se perdoardes a alguém os seus pecados", etc.

Cipriano diz que o servo não pode perdoar a ofensa contra o Senhor.

XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito, porquanto isto só a Deus pertence.

No tocante à ordem eclesiástica, cremos no que S. Paulo dela escreveu na primeira epístola a Timóteo, e em outros lugares.

XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não se pode fazer senão por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não somente se pode fazer a separação por essa causa, mas também, bem examinada a causa perante o magistrado, a parte não culpada, se não podendo conter-se, deve casar-se, como São Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios. O magistrado, todavia, deve nisso proceder com madureza de conselho.

XIV. São Paulo, ensinando que o bispo deve ser marido de uma só mulher, não diz que não lhe seja lícito tornar a casar, mas o santo apóstolo condena a bigamia a que os homens daqueles tempos eram muito afeitos; todavia, nisso deixamos o julgamento aos mais versados nas Santas Escrituras, não se fundando a nossa fé sobre esse ponto.

XV. Não é lícito votar a Deus, senão o que ele aprova. Ora, é assim que os votos monásticos só tendem à corrupção do verdadeiro serviço de Deus. É também grande temeridade e presunção do homem fazer votos além da medida de sua vocação, visto que a santa Escritura nos ensina que a continência é um dom especial (Mateus 15 e 1 Coríntios 7). Portanto, segue-se que os que se impõem esta necessidade, renunciando ao matrimônio toda a sua vida, não podem ser desculpados de extrema temeridade e confiança excessiva e insolente em si mesmos.

E por este meio tentam a Deus, visto que o dom da continência é em alguns apenas temporal, e o que o teve por algum tempo não o terá pelo resto da vida. Por isso, pois, os monges, padres e outros tais que se obrigam e prometem viver em castidade, tentam contra Deus, por isso que não está neles o cumprir o que prometem. São Cipriano, no capítulo onze, diz assim: "Se as virgens se dedicam de boa vontade a Cristo, perseverem em castidade sem defeito; sendo assim fortes e constantes, esperem o galardão preparado para a sua virgindade; se não querem ou não podem perseverar nos votos, é melhor que se casem do que serem precipitadas no fogo da lascívia por seus prazeres e delícias". Quanto à passagem do apóstolo S. Paulo, é verdade que as viúvas tomadas para servir à igreja, se submetiam a não mais casar, enquanto estivessem sujeitas ao dito cargo, não que por isso se lhes reputasse ou atribuísse alguma santidade, mas porque não podiam bem desempenhar os deveres, sendo casadas; e, querendo casar, renunciassem à vocação para a qual Deus as tinha chamado, contudo que cumprissem as promessas feitas na igreja, sem violar a promessa feita no batismo, na qual está contido este ponto: 'Que cada um deve servir a Deus na vocação em que foi chamado'. As viúvas, pois, não faziam voto de continência, senão porque o casamento não convinha ao ofício para que se apresentavam, e não tinha outra consideração que cumpri-lo. Não eram tão constrangidas que não lhes fosse antes permitido casar que se abrasar e cair em alguma infâmia ou desonestidade."

Mas, para evitar tal inconveniência, o apóstolo São Paulo, no capítulo citado, proíbe que sejam recebidas para fazer tais votos sem que tenham a idade de sessenta anos, que é uma idade normalmente fora da incontinência. Acrescenta que os eleitos só devem ter sido casados uma vez, a fim de que por essa forma, tenham já uma aprovação de continência.

XVI. Cremos que Jesus Cristo é o nosso único Mediador, intercessor e advogado, pelo qual temos acesso ao Pai, e que, justificados no seu sangue, seremos livres da morte, e por ele já reconciliados teremos plena vitória contra a morte.

Quanto aos santos mortos, dizemos que desejam a nossa salvação e o cumprimento do Reino de Deus, e que o número dos eleitos se complete; todavia, não nos devemos dirigir a eles como intercessores para obterem alguma coisa, porque desobedeceríamos o mandamento de Deus. Quanto a nós, ainda vivos, enquanto estamos unidos como membros de um corpo, devemos orar uns pelos outros, como nos ensinam muitas passagens das Santas Escrituras.

XVII. Quanto aos mortos, São Paulo, na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, nos proíbe entristecer-nos por eles, porque isto convém aos pagãos, que não têm esperança alguma de ressuscitar. O apóstolo não manda e nem ensina orar por eles, o que não teria esquecido se fosse conveniente. S. Agostinho, sobre o Salmo 48, diz que os espíritos dos mortos recebem conforme o que tiverem feito durante a vida; que se nada fizeram, estando vivos, nada recebem, estando mortos.

Esta é a resposta que damos aos artigo por vós enviados, segundo a medida e porção da fé, que Deus nos deu, suplicando que lhe praza fazer que em nós não seja morta, antes produza frutos dignos de seus filhos, e assim, fazendo-nos crescer e perseverar nela, lhe rendamos graças e louvores para sempre. Assim seja.

Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André la Fon."

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* O Símbolo referido no artigo III é o Credo Apostólico.

- Texto extraído da Wikipedia.
- Para saber mais sobre a Confissão de Fé da Guanabara, acesse:
http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=991
- A foto no início do texto é monumento erguido para rememorar a saga dos protestantes na Baía da Guanabara, na ilha que hoje abriga a Escola Naval, Rio de Janeiro.
Blog da Igreja Presbiteriana Central de Senador Camará - http://ipcentralcamara.blogspot.com